Lote 4
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Arte popular

Mestre Galdino - Rara Escultura em argila, medindo: 16 cm de altura x 19 cm de comprimento x 8 cm de largura. Peça assinada com carimbo (fase antiga do artesão) embaixo da peça. A peça possui pequenos trincados, nada que prejudique a beleza da peça. A obra tem como título: "Folharar", se referindo ao folclore "O macaco e a onça": Andava o macaco, como sempre, de implicância com a onça, e a onça com o macaco. Um belo dia, o felino veio a encontrar o símio trepado em um galho de pau, a tirar cipós.- Que fazes aí, compadre macaco? - perguntou a onça.- Ah! então tu não sabes, comadre onça, o que estou fazendo? Trato da minha salvação...- Como?- Pois não tens notícias de que Nosso Senhor vai mandar um pé de vento muito forte e só se salvará quem estiver bem amarrado?Amedrontada e por não ter mão com que ela própria se atasse, a onça pediu imediatamente:- Então, compadre macaco, amarra-me também para eu não morrer... Tem pena de mim que não tenho mãos! Amarra-me também pelo amor de Deus!O macaco obteve todas as juras e promessas que a comadre não lhe faria nenhum mal e desceu para atá-la num tôco de pau. À proporção que a ia amarrando, perguntava:- Comadre, você pode se mexer?A onça fazia esforços para desvencilhar-se, e o macaco atava mais fortemente o lugar que lhe parecia mais frouxo. Assim pôde conseguir amarrar a comadre, sem que esta, por mais que quisesse, pudesse fazer o mínimo movimento.Vendo-a bem amarrada, o macaco apanhou um cipó bem grosso, deu na onça uma valente surra e fugiu em seguida.As outras onças conseguiram soltar a irmã, e esta jurou a seus deuses vingar-se do macaco.Veio uma seca muito grande e a onça, para pilhar o símio e cevar nele o seu ódio recolhido, pôs-se de alcatéia num único lugar em que havia água. Todos os animais iam até ali desalterar-se, sem serem incomodados pelo felino: mas o macaco, muito atilado e esperto, não foi, adivinhando o que o esperava.Apertando-lhe a sede, entretanto, ideou um ardil para ir até à cacimba saciá-la.Tendo encontrado um pote de melaço, besuntou todo o seu corpo com ele e, depois, espojou-se num monte de folhas secas, que se lhe grudaram aos pêlos.Disfarçado desse modo, encaminhou-se para o bebedouro; a onça desconfiou daquele animal, mas não saiu da tocaia, limitando-se a perguntar:- Quem vem lá?O macaco com voz simulada, mas segura, respondeu:- É o ará.Ará é o que nós chamamos ouriço-caixeiro, com o qual a onça não tem implicância alguma. O suposto ouriço muito calmamente abeirou-se do poço e pôs-se a beber água a fartar, no que se demorou muito.Comadre onça começou a desconfiar de tal bicho, que bebia tanta água, e exclamou admirada:- Que sede!O macaco precavidamente afastou-se e, logo que se pôs fora do alcance da terrível comadre, acudiu escarninho:- Admiraste-te! Pois desde que surra te meti, água jamais bebi!A vingança da onça foi mais uma vez adiada.

Peça

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Tipo: Arte popular

Mestre Galdino - Rara Escultura em argila, medindo: 16 cm de altura x 19 cm de comprimento x 8 cm de largura. Peça assinada com carimbo (fase antiga do artesão) embaixo da peça. A peça possui pequenos trincados, nada que prejudique a beleza da peça. A obra tem como título: "Folharar", se referindo ao folclore "O macaco e a onça": Andava o macaco, como sempre, de implicância com a onça, e a onça com o macaco. Um belo dia, o felino veio a encontrar o símio trepado em um galho de pau, a tirar cipós.- Que fazes aí, compadre macaco? - perguntou a onça.- Ah! então tu não sabes, comadre onça, o que estou fazendo? Trato da minha salvação...- Como?- Pois não tens notícias de que Nosso Senhor vai mandar um pé de vento muito forte e só se salvará quem estiver bem amarrado?Amedrontada e por não ter mão com que ela própria se atasse, a onça pediu imediatamente:- Então, compadre macaco, amarra-me também para eu não morrer... Tem pena de mim que não tenho mãos! Amarra-me também pelo amor de Deus!O macaco obteve todas as juras e promessas que a comadre não lhe faria nenhum mal e desceu para atá-la num tôco de pau. À proporção que a ia amarrando, perguntava:- Comadre, você pode se mexer?A onça fazia esforços para desvencilhar-se, e o macaco atava mais fortemente o lugar que lhe parecia mais frouxo. Assim pôde conseguir amarrar a comadre, sem que esta, por mais que quisesse, pudesse fazer o mínimo movimento.Vendo-a bem amarrada, o macaco apanhou um cipó bem grosso, deu na onça uma valente surra e fugiu em seguida.As outras onças conseguiram soltar a irmã, e esta jurou a seus deuses vingar-se do macaco.Veio uma seca muito grande e a onça, para pilhar o símio e cevar nele o seu ódio recolhido, pôs-se de alcatéia num único lugar em que havia água. Todos os animais iam até ali desalterar-se, sem serem incomodados pelo felino: mas o macaco, muito atilado e esperto, não foi, adivinhando o que o esperava.Apertando-lhe a sede, entretanto, ideou um ardil para ir até à cacimba saciá-la.Tendo encontrado um pote de melaço, besuntou todo o seu corpo com ele e, depois, espojou-se num monte de folhas secas, que se lhe grudaram aos pêlos.Disfarçado desse modo, encaminhou-se para o bebedouro; a onça desconfiou daquele animal, mas não saiu da tocaia, limitando-se a perguntar:- Quem vem lá?O macaco com voz simulada, mas segura, respondeu:- É o ará.Ará é o que nós chamamos ouriço-caixeiro, com o qual a onça não tem implicância alguma. O suposto ouriço muito calmamente abeirou-se do poço e pôs-se a beber água a fartar, no que se demorou muito.Comadre onça começou a desconfiar de tal bicho, que bebia tanta água, e exclamou admirada:- Que sede!O macaco precavidamente afastou-se e, logo que se pôs fora do alcance da terrível comadre, acudiu escarninho:- Admiraste-te! Pois desde que surra te meti, água jamais bebi!A vingança da onça foi mais uma vez adiada.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1. As obras que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente espertizadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2. Em caso eventual de engano na espertizagem de obras, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3. As obras estrangeiras serão sempre vendidos como Atribuídas.

    4. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As obras serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação.Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados.